rio ceará

Antes de tudo, clique aqui e coloque os fones.


Sete e quinze da manhã, a gata mia na porta e pede por comida. Poderia ser por carinho também, mas pelo horário era comida mesmo. 

No cotidiano da vida, coloca comida, acende o incenso, toma banho, se arruma, esquenta o café e corre pro trabalho. Mais um dia. One more day.

Entre um cliente e outro, uma pausa pra se distrair com a vida alheia real-artificial que compartilham nas redes sociais. Nessa pauta, o cuidado com os gatilhos, a cerimonia para não se comparar, as ideias e inspirações que abraçamos e trazemos para o nosso lar.

Essa vida é inquieta e é nesse movimento que encontro o meu lugar.

Só existe UM mais do mesmo que me interessa e ele tem forma de sabor. Me apresente uma tapioca perfeita que irei para sempre defendê-la.

Nesse desassossego, buscamos novas conexões, abri-se portas para novos universos. E nessa bisbilhotada, ampliamos nossas fronteiras e vivemos o inimaginável.

A viagem começa quando entramos em uma tela e nos conectamos com outros braços e espaços. 

A viagem começa quando um rio que nasce longe, vem desaguar aqui no Ceará.

Poderia ser como o Jaguaribe, que significa "Rio das Onças". Tudo a ver comigo. 

Ou poderia ser o São Francisco, rio mais importante do nordeste. Ou a cidade, cercada pelo pacífico e pontes emblemáticas.

Existe um Rio que desagua no Ceará. Um rio que vem mais longe que o próprio nome. 

Um rio-califa. Que tem bossa, curiosidade, tranquilidade e é chein de vontade.

Quem tem pressa de viver? O rio percorre na suavidade. Numa intensidade tranquilamente profunda.

Faz feliz quem com ele consegue navegar. Nem que seja por poucos dias entre dunas e chuvas.

Feliz de quem consegue aproveitar a pequena brecha que a vida abre e te presenteia com mais cor, sabor e carinho.

E num piscar olhos, saímos da tela. Voltamos à realidade. 

Agora, sem nos desconectar, esquentamos o café e corremos para o trabalho.

Quando que a próxima balsa de vida passa?





Comentários