Como se, escolher o outro implicasse em escolher os nossos.
Acredito que quando há sintonia nos sonhos, planos e desejos, os caminhos podem desenhar um paralelo entre si.
Também acredito que se você escolhe o outro, abraça o combo que vem junto e estiver BEM com isso, não tem nada de errado, afinal tem pessoas que precisam de pessoas-guias para poder dar novos passos em suas vidas, mesmo que seja em uma direção idealizada por outro.
O errado ou o não saudável é quando você permite que o outro “se aposse de você” e passe a querer definir o que é certo para a sua vida, sem nem ao menos te perguntar o que acha disso.
E importante saber, a culpa pode não ser sua, mas de alguma forma você pode permitir com que isso aconteça. No momento em que o outro sugere algo que você não gosta e você fica em silêncio, por medo de contrariar, você abre um abismo entre se escolher, se respeitar, e amplia o espaço que o outro tem sobre você.
Esse medo de contrariar é aquele mesmo receio de não querer decepcionar o outro, de não querer que o outro se chateie com você, do medo do outro não querer estar mais com você e, por fim, de você ficar só.
O medo não é sobre não estar mais com aquela pessoa. É o medo de ficar sozinho.
E é esse mesmo medo que te faz permanecer em situações desconfortáveis. Mas será que vale a pena?
Eu, Bárbara Cecília, acredito que não.
Que o que vale é encontrar esse equilíbrio-diálogo entre as visões de futuro e, se for de bom tom, traçar paralelos em comum.
Plantando os seus sonhos, regando os do outro.
Escolhendo a si. Escolhendo o outro.
Mas sempre es-colhendo.
Até que a sombra dessa colheita ilumite também a ti.
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