A gente passou muito tempo saudoso.
Muito tempo trancafiado dentro de uma casa. Eu, particularmente, dentro de um quarto de aproximadamente 4mx4m.
Com a pandemia, veio o medo de perder o emprego e, virginiana como sou, o elemento de terra me obriga a correr para um lugar seguro. Fui para a casa dos meus pais.
A casa é maravilhosa e o relacionamento com os meus pais, tirando algumas questões políticas, é ótimo.
Fiquei exatamente 1 ano e 2 meses. Nos primeiros 5 meses no lockdown, sair de casa era apenas para farmácia e supermercado comprar vinho. Apenas coisas essenciais, é claro.
No 6º mês, iniciei um novo emprego e era presencial. Comecei a sair para ir trabalhar.
Lembro que na primeira semana, rolou uma espécie de comemoração pelas novas contratações do setor. Fomos para a casa da minha mais nova antiga chefe e me senti muito estranha em estar com 4 pessoas.
Aos poucos fui me permitindo ir almoçar em restaurantes que estavam abrindo. Meu deus que saudade de sentar num lugar e pedir uma comida bem gostosa. A vida de delivery é boa, mas prefiro viver a experiência do local.
Ouvi críticas por estar saindo? Meu caro leitor, ouvi críticas quando estava dentro da minha própria casa, avalie saindo.
Por sorte ou cuidados, nunca peguei Covid-19. Meu pai sim. Ficou internado por 12 dias e foi salvo pelo uso do Elmo.
A verdade é que, cada um tem a sua verdade. Tenho amigos que só saíram de casa com 10 meses, outros com um ano, outros que nunca respeitaram um dia de pandemia, outros que estão até hoje com medo de sair.
E cada um segue com a sua verdade. Certas, erradas, politizadas ou não.
Os estabelecimentos foram se flexibilizando no horário e segui escolhendo os menos desorganizados.
Me mudei para o meu próprio lar. Meu não, da Cidinha, minha cat felina.
Veio a vacina. A tão aclamada vacina! E o mundo começou a respirar (ainda com máscara) um pouco mais de esperança.
Mas o que que a Light e a Lions tem a ver com esse rolê todo?
Então, nada. E tudo também. Quem vai por lá, sabe o que vai encontrar.
E só cabe a nós saber lidar ou não (muito foco no 'não') com os The Monios desses tempos novos.
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