Como entender um mundo onde todos só tem olhos para seus próprios umbigos, mas não enxergam seus próprios defeitos? Tenho, cada vez mais, me questionado sobre isso. Estamos sempre olhando para si, estamos sempre preocupados com os nossos interesses. Mas e quando nós falhamos? Refletir sobre os erros não é algo simples, porém deve ser construído em exercícios diários que nos exigem autoconhecimento e, principalmente, humildade. Não é feio dizer que errou, que se enganou, que se decepcionou ou que decepcionou pessoas. Acontece. Somos vivos em latência de vontades e nem sempre agradamos a todos. Escolhemos viver em sociedade e, por isso, precisamos saber como gozar das nossas intenções sem prejudicar terceiros. O exercício não é olhar e sim limpar o próprio umbigo. E sempre dá para limpar até mesmo a sujeita mais escondida, aquela que as vezes quase ninguém vê. Aquela que passa anos camuflada nas entranhas do nosso ser, mas que, cedo ou tarde, aparecem e causam constrangimento. Tudo sempre vai depender de como cuidamos dos nossos umbigos, de como limpamos as sujeiras nas dobras escondidas. E ter um limpo, só depende de seus donos. Por isso, o importante não é olharmos para nossos próprios umbigos, e sim, observar como os outros cuidam dos seus respectivos.
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