Vou repensar mais uma vez. Avaliar novamente junto com o nascer do sol e sei que isso irá se repetir infinitas vezes. Não é tão simples, nem muito menos tão fácil. Se fosse, todos sairiam dos berços, das camas, das celas e das andanças com ideias certamente prontas ao sucesso. Mas não é. Todo dia é a rotina. Todo dia é provar mais uma vez que aquele pensamento, caminho ou direção é o certo. Falo sobre escolhas, sobre desejos movidos por um querer maior nosso que se chama "vontades". Ora sim, ora não, hoje quero, amanhã dispenso... e assim segue o loop infinito. Vontade é um eterno varal de roupas limpas que quando usadas perdem um pouco da sua cor, da sua textura macia e daquele cheirinho de aconchego. Algumas, depois de usadas, ficam tão desgastas que não valem nem a pena colocar na máquina para lavar. Melhor deixar para lá, doar para alguém que cuide melhor. Mas também tem aquelas que o processo vale a pena, são as vezes que a vontade ainda tá cheia. Vontade cheia de vontades, vontade cheia de si mesma. Gosto disso. Gosto de ser movida pelo o que me enche de prazer. Afinal, quem é que não gosta? Ruim é quando a química que nos impulsiona não bate com a física das coisas. É como mergulhar num mar cristalino e não pode nadar. É sem graça e a graça das coisas está no friozinho na barriga do querer "dar certo". E a gente se acostumou em sempre dar um jeitinho para as coisas darem certo. Pensa, repensa, volta atrás, muda de ideia... Até as coisas começarem a se encaixar. E não adianta se desesperar. As vontades e os desejos devem andar lado a lado com a paciência, se não a gente endoida, vira a noite dando voltas na mente sem sair do mesmo lugar. Paciência, apenas paciência. Ah, e confiança também. Tudo vai se encaixar. Tudo vai dar certo. Vai dá certo. Certinho?
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