Fazia tempo que não viajava, que não ia a praia. Fazia muito tempo que eu não me deitava numa rede e me balançava ao som do mar. A praia era deserta, barcos a velas e um mar infinitamente lindo. Numa noite nos aventuramos a passear a beira mar, onde só havia a luz da lua refletida no mar e a luz do farol do carro iluminando a areia. Se olhasse para cima me perdia no contar das estrelas. Fazia tempo que não via um céu tão estrelado. No passeio, vento no rosto e mil sentimentos pelo corpo. Percorremos duas praias, desviando das pedras e das piscinas naturais. De longe avistamos peixinhos em uma pequena piscina cristalina na areia na beira do mar, suas escamas os faziam refletir nas luzes dos faróis. Ao nos avistar, os peixes, nadaram pulando para o mar. Corremos para tentar alcançar o pequeno cardume, mas eles eram bem mais rápidos do que nós. Foi uma cena tão inesperada que ficamos parados por um tempo ali, olhando para aquela piscina transparente na esperança de encontrar algum peixinho perdido. Mas não havia mais nenhum, só a água salgada refletindo a luz branca da lua e a areia bege refletida pelos faróis amarelos do carro.
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