Sabe do que realmente sinto falta? De pessoas tranquilas. Parece que estão todos na defensiva, como se estivessem com medo de algo. Na fila, no ônibus, na faculdade, no trabalho, no bar ou na balada, em todos os cantos parece que as pessoas estão sempre tensas procurando novas maneiras de não relaxar, com respostas prontas para possíveis acontecimentos desagradáveis. Vejo pessoas na defensiva até mesmo com outras pessoas que não tem nenhum risco a oferecer. Seja onde for e independente do sentido que tenha, o mínimo que esperamos das pessoas é educação e parece que nem isso elas tem. Ou melhor, acredito que todas têm, entretanto fazem mal uso de tal. Essa nostalgia, sobre pessoas tranquilas, me remete à infância, onde todos brincavam sem ter com o que se preocupar, todos eram pessoas mais leves, mais alegres, mais abertas, mais possíveis. Crescer é bom, é ótimo! Ser independente é o que todos nós queremos, "ser dono do nosso próprio nariz". Mas não creio que crescer implique em nos tornarmos amargos, difíceis e impossíveis de apenas sermos cidadãos que convivem socialmente. Passamos nossa vida inteira sendo postos a viver e a lidar com O outro, então porque as pessoas tem se tornado tão anti-sociais? Talvez por estarmos vivendo a época da tecnologia, oferecendo tudo ao nosso alcance rápido e exigindo que nossa sociedade seja mais socialmente ativa para que as coisas aconteçam. Mas não, não estou dizendo que temos por obrigação de cidadãos colocar um tapete vermelho para cada um que aparecer, apenas estou querendo dizer que: seja tranquilo, sem escudos desnecessários, o vizinho agradece.
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