"Quem eu sou?", acho que todo mundo um dia, uma vez por mês ou ano, questiona-se sobre isso. Crise existencial ou não, é sempre bom saber quem nós somos, de onde somos e porque somos. A resposta não precisa fazer sentindo pra todo mundo, ou pra quem se importa com você. A resposta apenas diz respeito a você. Mas as vezes, a resposta, o "quem sou eu?", não faz sentindo pra você. É como tenho me sentido. Meio sem saber muito da pessoa que está comigo desde sempre. As lembranças, as mudanças, as cidades, as pessoas, as coisas, tudo as vezes parece que vai fazer minha cabeça explodir. Mas isso tudo é culpa minha. É tudo culpa da minha mente confusa. Vejo atitudes atuais em que há 5 anos atrás eu jamais cogitaria fazer. Ok, isso é crescer. E alguém me disse que crescer é mudar. Mas então, estaremos sempre mudando e nos perdendo do que fomos? As vezes me vejo tentando lembrar de como já fui, como se eu quisesse catar pedrinhas minhas pelos cantos que passei. Não estou insatisfeita com o meu "eu" atual, estou feliz, ou, como a maioria das pessoas, tentando estar bem. A questão é que as vezes não consigo fugir desse assunto, isso fica vindo na minha cabeça quase todo dia. Por que? Não sei, mas deve ser algum reflexo da mudança de curso que irei fazer. Afinal, passar 3 anos acreditando que você será uma Psicóloga no futuro e "de repente" você vê que não é bem aquilo que quer ser quando crescer... isso mexe bem com a pessoa. Acho que é isso, tenho me questionado tanto sobre a qual profissão seguir, que acho que exagerei um pouco - como sempre - nisso. Mas foi bom exagerar, apesar de quase ficar louca, brigando por aí sem motivos, acho que foi bom me questionar. Relembrei dos meus "porquês". Quem eu sou e da onde sou. E eu sou isso, uma mistura ácida de tudo o que já vivi, vi e ouvi. Não sou daqui e nem de lá, sou de onde eu estiver. Gosto de prédios altos e de ver a cidade iluminada de noite. Gosto de pessoas sinceras, de abraços sinceros e de sorrisos realmente felizes. Gosto de conversar, de falar besteira, de ligar pra fofocar, de ligar para desabafar, de ligar para chorar. Gosto de rir junto. Gosto de tocar violão e cantar achando que é a melhor coisa que sei fazer na vida. Amo o mar e a areia da praia. Odeio tudo que me faça sentir mal, excluída, esquecida, indesejada. Odeio pessoas vazias, cópias uma das outras, felizes em fotos, tristes em alma. Sou humana e choro com mais frequência do que você imagina. Sou mulher e a cada dia me surpreendo com a minha força de sorrir. Não estou mal, ta tudo bem na minha vida. Apenas estou passando por uma fase em que estou mais sensível que o normal. E espero que isso passe quando eu começar o novo curso. Acho que assim irei sentir que faço sentido na minha confusão.
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